Sombra

Esqueço, por um instante,

Da rotina do dia a dia

Deleto em mim a pressa costumeira

E faço uma viagem ao meu interior

Lá onde eu sou infinito!

A vida roda como um long-playing

Cheio de imensas saudades de tudo

Que me foi doce e inesquecível

Sua presença, seu perfume, seus beijos

Cheios de vida e de abraços demorados.

Você era tão transparente

Tão calma, tão certa e segura

E me amava como eu te amei

Éramos felizes eu bem sei

E a vida era um final de semana

Prolongado.

Agora, improviso emoções insossas

Busco em outras o sabor de seus beijos

A imitação daquela calma e segurança

E na estonteante roda da vida

Estou cansado e apático e cético.

Sou apenas uma sombra triste

Que perambula pelo passado.

Uruana, 2010

Poema Olhar Pela Janela

Quando bate a inspiração, coloco no papel!
Tirei a foto e veio junto a inspiração.

Coloquei tudo no papel e como dizem os criadores, 10% de inspiração e 90% de transpiração [escrever, refazer] até que você sente que o poema vale a pena publicá-lo.

Espero, portanto, os comentários!


Olhar pela Janela


Olho pela janela,
lá fora, os varais estão cheios
de roupas multicoloridas
secando ao sol.
Lembro também dos sonhos
que já tive:
sonhos coloridos
realizados ou não,
fáceis ou difíceis,
possíveis ou não,
pendurados pela vida
esperando que o amor
seque todas as minhas lágrimas.


março/2010